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Mostrando postagens de janeiro, 2020

Ansiedade

Era Julho, eu acho. Foi uma sequência rápida: Mauricio me rodopiou, me jogou para trás,  nossos olhares cruzaram -o suficiente-, me puxou de volta e eu te amei ali, naquela troca. Nunca mais parei de te amar.  Não desenvolvemos o costume um do outro, não sei se um dia iremos, muito provável que não. A gente se fala, mas não sabe mais como é o beijo, o sorriso e o cheiro. O tempo pra ter memórias não aconteceu. Só para se ter vontade.  Tem quase uma década desse amor que não é.  Entre o total esquecimento e sonhos - que foram tão reais - você sempre existiu. Às vezes temo que ame a mim mesma, através da ideia que criei de você, que se confunde com os sinais de realidade que você passa quando existe. Um acalento diante de um sonho ruim e tudo volta. Confundo o oceano entre nós com o que carrego em mim, molhado, profundo, que tanto anseia pelo seu mergulho. Confundo sua indiferença com o resguardo de alguém indisponível a amar alguém tão disitante. Confundo sua ausência com o az