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Mostrando postagens de novembro, 2014

Ser em outro olhar

Costumava pontuar cada afirmativa, explicar toda existência com alguma palavra, pelo menos. Era assim que me afirmava como eu. Uma mulher qualquer, que não gostava desse eu, disse para um alguém “Que ela guarde as opiniões dela para ela, quem as quer saber?”. Pensei: Quem algum dia quis saber, realmente?. O silêncio mostrou ser muito atraente desde então. Guardar tudo dentro de mim é um caos, mas não incomoda mais ninguém. Fiquei “alheia de mim” e “presente no mundo”, mas, ao contrário de Camus, senti-me rasa, cada vez mais rara na existência terrena e presa dentro de uma mente com vazios cheios de perturbações. Pensar no eco intrínseco ao silêncio me traz o questionamento de como soo aos olhos dos outros. Pareço ser desprovida de conteúdo, forma ou verdade? Se me acham mentirosa, não sei, mas quantas verdades me foram roubadas e assim mudaram em mim algumas certezas essenciais de lugar? Me mudaram de caminho. Quanto à forma, é tão evidente que não tem graça e as pessoas que medem alg