Visceral
Não tem nada que me agrade mais do que pensar nele.
Eu vejo a gente numa sala com janelas grandes. Não dizemos que nos amamos ou odiamos, não sentimos nada. Eu estou com calor, a presença dele faz isso. Discutimos sobre tudo um pouco, sobre nossos olhares.
Ele tem uma boca linda, fico molhada só de pensar nela... Ele sorri, como se lesse meus pensamentos. Sai da cadeira e vem para o meu sofá. Faço do meu corpo um convite, que ele aceita. Apesar de querer tudo de uma só vez, começa pelas minhas coxas. Me senta em seu colo, me ajeita, me encara, me beija. Transamos devagar e rápido e pouco e muito. O nosso desejo faz com que a gente queira consumir ao máximo um ao outro, sentir tudo o que podemos nos dar.
A gente cansa, não quer parar, mas cansa. Senta cada um em uma ponta do sofá. Ele fuma, eu olho. Por um longo tempo a gente só se olha, conversa nunca foi nosso forte. Ele então diz...
Fernanda não sabe que ele ia dizer, acordou com o despertador. Queria mais, ele estava longe. Se masturbou, tomou banho e foi trabalhar.
E o mundo eis enfim silencioso
ResponderExcluirNo profundo oceano do pós-gozo
GK